Hoje comemora-se em todo o Brasil o Dia da Visibilidade Trans. O movimento surgiu em 2004, quando um grupo de ativistas trans participou, no Congresso Nacional, do lançamento da primeira campanha contra a transfobia. O objetivo da data é ressaltar a importância da diversidade e respeito para o movimento trans, representado por travestis e transexuais.
Infelizmente, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020 aumentou 48% o número de assassinatos de pessoas trans somente no primeiro quadrimestre do ano. O Brasil ainda é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo e o número de assassinatos no país é três vezes maior que o segundo colocado no mundo, o México, com média de 50 mortes. No ranking de segurança para a população LGBT, o Brasil perdeu posições, passando do 55º lugar em 2018 para o 68º em 2019.
Isso só reforça a preocupação dessa minoria, que busca cada vez mais por assistencialismo e segurança.
De fato, os transexuais e travestis do país ainda não têm o que comemorar, já que suas vozes não ecoam onde deveriam chegar. Enquanto isso, elas estão à mercê de si mesmas, enterrando umas às outras e chorando umas pelas outras. Por isso, vamos aproveitar essa data para refletir sobre o papel dessa minoria em nossa sociedade e dar a essas pessoas a dignidade que elas merecem e tanto buscam.
